Na grande obra “Os Vingadores”, “Capitão América” não é um interlúdio descarado como “Thor”. O bandeiroso, mais patriota de todos os heróis, é figura central do projeto da Marvel que estreia em 2012 – e por isso, a expectativa é de um filme bem mais acabado que o irregular longa-metragem com o filho de Odin.
Com cara de aventura de Indiana Jones, climão da primeira metade do século passado, “Capitão América” não foge à rega de ser um “filme de origem”. Conheceremos a seleção do franzino Steve Rogers (Chris Evans) para o projeto de supersoldado do governo norte-americano durante a Segunda Guerra Mundial, seu primeiro confronto com o maléfico Caveira Vermelha e o esperado limbo do herói, que sabiamente acordará nos anos 2000 para integrar a trupe ao lado de Thor, Hulk, Homem de Ferro e outros notáveis.
Com cara de aventura de Indiana Jones, climão da primeira metade do século passado, “Capitão América” não foge à rega de ser um “filme de origem”. Conheceremos a seleção do franzino Steve Rogers (Chris Evans) para o projeto de supersoldado do governo norte-americano durante a Segunda Guerra Mundial, seu primeiro confronto com o maléfico Caveira Vermelha e o esperado limbo do herói, que sabiamente acordará nos anos 2000 para integrar a trupe ao lado de Thor, Hulk, Homem de Ferro e outros notáveis.
Não é tarefa fácil, contudo, transformar em ídolo mundial um personagem cujo uniforme estiliza cores, listras e estrelas da bandeira dos EUA. Ainda mais em tempos de invasão do Iraque e crise econômica. Até contra a Al-Qaeda Steve Rogers já lutou, numa vergonhosa saga escrita por John Ney Rieber em 2002, “Fight Terror”.
A situação se torna ainda mais inglória quando se faz uma revisão sobre todas as outras empreitadas do Capitão às telas. Sem falar no programa de TV do início dos anos 50, praticamente um precursor da lendária série sessentista do Batman, o herói flertou o universo kitsch nos anos 70 em dois longas-metragens que reuniam tudo que havia de brega à época. A última versão cinematográfica é datada de 1992 e vez em quando pinta numa dessas matinês televisivas, mas quem não viu não perdeu nada.
A situação se torna ainda mais inglória quando se faz uma revisão sobre todas as outras empreitadas do Capitão às telas. Sem falar no programa de TV do início dos anos 50, praticamente um precursor da lendária série sessentista do Batman, o herói flertou o universo kitsch nos anos 70 em dois longas-metragens que reuniam tudo que havia de brega à época. A última versão cinematográfica é datada de 1992 e vez em quando pinta numa dessas matinês televisivas, mas quem não viu não perdeu nada.Agora com cara e orçamento de superprodução, “Capitão América” se beneficia justamente em ser o capítulo final deste grande prelúdio, as amarras das pontas soltas que deixa o terreno fértil para o prato principal. Vale a dica: não saia do cinema até o final dos créditos. Quando a sessão acabar, o público mais paciente será premiado com o primeiro trailer de “Os Vingadores” e já terá uma impressão da grandiosidade desse que, desde já, é um dos mais ousados projetos que une o cinema aos quadrinhos.
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