
A construção de Hal Jordan (Ryan Reinolds) é exemplar nesse sentido. Não basta ser um piloto destemido para torná-lo apto ao posto de super, é preciso lapidá-lo com um trauma de infância (no caso, a morte precoce do pai) e ainda inserir um relacionamento amoroso mal-sucedido. Hal Jordan, no filme, precisa amadurecer também como pessoa para estar pronto para vestir o uniforme verde e aprender a lidar com seus poderes, numa batida cena de treinamento.
Da mesma forma, a criação dois vilões se mostrou um grande equívoco. Com tanta coisa a se explicar, deixa para um sem-número de péssimos diálogos expositivos, fica difícil dar conta da metamorfose de Hector Hammond, a ameaça terrestre, e da entidade Paralax, a ameaça galáctica. Assim falta tempo para momentos importantes como a primeira aparição pública do herói, que de tão mal desenvolvida chega a ser risível - aparentemente os coadjuvantes e figurantes estão acostumados a ver homens voadores tamanha falta de impacto provocado pelo Lanterna Verde.
De certa forma, “Lanterna Verde” lembra outra famigerada adaptação de personagem da DC Comics, “Batman & Robin”. É fruto da megalomania de Hollywood para criar uma série de sucesso, mas que não atenta para a construção de uma sólida história antes de transformá-la em produto. “Lanterna Verde” é até uma bobagem divertida, mas uma bobagem que custou US$ 300 milhões.
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