quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A volta de Tom Cruise em "Missão: Impossível 4"

Responsável por duas obras-primas da animação, o pouco conhecido “O Gigante de Ferro” e o popular “Ratatouille”, Brad Bird aparentemente cansou de ser taxado como um diretor “menor” e encarou um grande projeto logo em sua estreia no live action, com atores reais. De quebra, tem ainda a responsabilidade de reavivar a carreira de Tom Cruise, astro cada vez mais longe do sucesso das décadas de 1980 e 1990.
A existência de “Missão: Impossível 4 – Protocolo Fantasma” atende aos anseios do diretor e do ator. Bird quer mostrar talento na condução de uma megaprodução, enquanto Cruise almeja se afastar da decadência. Para isso, nada melhor que retomar um sucesso de outrora em uma nova embalagem, modernosa para o público pouco íntimo das aventuras de Ethan Hunt, o agente da IMF (Impossible Missions Force) responsável por burlar as leis da gravidade e outras suspensões da crença.
Quem assistiu aos três primeiros filmes sabe como o exagero é praxe em “Missão: Impossível”. No quarto capítulo, a trama se aproxima um pouco do filme de estreia, com Ethan Hunt tendo de provar sua inocência após uma missão de IMF dar errado e provocar um grande estrago em Moscou. A diferença é que, desta vez, o agente não poderá escolher sua equipe e se apoia num grupo de desconhecidos, com intenções nem sempre muito claras.
Outra característica marcante de “Missão: Impossível” está no didatismo. Todo o plano de Ethan Hunt é milimetricamente explicado, para o público não precisar gastar muito tempo pensando no que diabos está acontecendo e se concentrar na ação quase ininterrupta. “Protocolo Fantasma” consegue o feito de deixar tudo bastante claro já nos próprios trailers, além de fornecer um aperitivo da cena mais comentada da produção: o momento em que Hunt escala o Burj Khalifa, o maior arranha-céu do mundo, com 828 metros, localizado em Dubai.
Brad Bird não se rende ao já previsível 3D, e troca o efeito tridimensional pelo uso das câmeras IMAX, em altíssima definição e com captação adequada para telas de cinema gigantes – mas mesmo numa sala convencional é possível perceber a diferença, coisa que quem assistiu “Batman – o Cavaleiro das Trevas” pode perceber. Uma alternativa para o batido sistema de conversão em três dimensões, potencializada principalmente em longas-metragens de ação que dependem de parafernálias visuais.
Em suma, Tom Cruise apostou alto nessa volta à sua franquia mais lucrativa. O astro, também produtor de todos os “Missão: Impossível”, sabe da importância do sucesso de “Protocolo Fantasma” para estar de novo em evidência – há quem diga que o ator se despede da série aqui, abrindo espaço para o agende Brandt, interpretado por Jeremy Renner, e que depois fará uma sequência de “Top Gun”.

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